O Brasil precisa e tem de controlar os preços de combustíveis, e de todos os preços de empresas que detém o monopólio ou oligopólio do produto no mercado, a reclamação do controle de preços só é válida se antes for pedido a quebra do monopólio, como por exemplo a permissão de distribuidoras de combustíveis importar gasolina de refinarias da Venezuela, para vender aos postos de combustíveis no Brasil.
A metodologia de preços de combustíveis reajustando automaticamente, discutido pelo conselho da Petrobrás é muito pior para a União, que o orçamento impositivo, contestado pelo Governo Federal e aprovado pelo Congresso, se fosse adotado seriamente um reajuste conforme os preços dos combustíveis do exterior teria que baixar os preços dos combustíveis. Entre os países com reserva de petróleo, o preço da gasolina no Brasil está apenas atrás da Noruega. Comparar preço de combustíveis do Brasil com países do exterior que não possui refinaria, muito menos petróleo, obrigando-os a importar, é no mínimo injusto.
A Petrobrás no acumulado dos 9 primeiros meses desse ano, já teve um lucro líquido de R$ 17.300 bilhões. Antes a estatal já havia tido no 1º semestre de 2013 alta de 77% ante os 6 primeiros meses de 2012. Com esse lucro dá a impressão que a Petrobrás quando a produção no país não é suficiente, ao invés de importar somente da Venezuela gasolina por R$ 0,03 centavos, importa alguns litros da Noruega por R$ 6,03 para transparecer prejuízo, de importar mais caro e vender mais barato.
Enquanto a estatal petrolífera do país não deixa de aumentar em dezenas de bilhões os lucros, a estatal energética Eletrobras, que a demanda à obriga a se preocupar em multiplicar a cada ano os investimentos em vários tipos de usinas para geração de energia no Brasil, acumulou no 1º semestre desse ano, o lucro líquido de R$ 2.6 bilhões, mas um prejuízo de 915 milhões no 3º trimestre de 2013, recuando o lucro nos 9 primeiros meses para 1.685 bilhão, no ano.
Posição | País | Preço por litro |
---|---|---|
1º lugar | Noruega | R$ 6,03 |
2º lugar | Turquia | R$ 5,72 |
3º lugar | Países Baixos | R$ 5,32 |
4º lugar | Itália | R$ 5,16 |
5º lugar | Grécia | R$ 4,97 |
6º lugar | Portugal | R$ 4,95 |
7º lugar | França | R$ 4,87 |
8º lugar | Hong Kong | R$ 4,86 |
9º lugar | Suécia | R$ 4,85 |
10º lugar | Bélgica | R$ 4,82 |
11º lugar | Finlândia | R$ 4,82 |
12º lugar | Alemanha | R$ 4,80 |
13º lugar | Dinamarca | R$ 4,74 |
14º lugar | Israel | R$ 4,71 |
15º lugar | Irlanda | R$ 4,66 |
16º lugar | Reino Unido | R$ 4,64 |
17º lugar | Eslovênia | R$ 4,43 |
18º lugar | Eslováquia | R$ 4,38 |
19º lugar | Malta | R$ 4,35 |
20º lugar | Suíça | R$ 4,34 |
21º lugar | Espanha | R$ 4,19 |
22º lugar | Hungria | R$ 4,14 |
23º lugar | República Checa | R$ 4,09 |
24º lugar | Áustria | R$ 4,07 |
25º lugar | Chipre | R$ 4,06 |
26º lugar | Croácia | R$ 4,01 |
27º lugar | Luxemburgo | R$ 3,90 |
28º lugar | Nova Zelândia | R$ 3,89 |
29º lugar | Letônia | R$ 3,89 |
30º lugar | Coreia do Sul | R$ 3,86 |
31º lugar | Lituânia | R$ 3,86 |
32º lugar | Bulgária | R$ 3,83 |
33º lugar | Romênia | R$ 3,80 |
34º lugar | Singapura | R$ 3,79 |
35º lugar | Polônia | R$ 3,76 |
36º lugar | Chile | R$ 3,72 |
37º lugar | Estônia | R$ 3,65 |
38º lugar | Japão | R$ 3,53 |
39º lugar | Brasil | R$ 3,34 |
40º lugar | Argentina | R$ 3,22 |
41º lugar | Austrália | R$ 3,17 |
42º lugar | África do Sul | R$ 2,96 |
43º lugar | Índia | R$ 2,84 |
44º lugar | Filipinas | R$ 2,82 |
45º lugar | Canadá | R$ 2,80 |
46º lugar | China | R$ 2,80 |
47º lugar | Tailândia | R$ 2,79 |
48º lugar | Colômbia | R$ 2,71 |
49º lugar | Paquistão | R$ 2,32 |
50º lugar | Estados Unidos | R$ 2,19 |
51º lugar | Indonésia | R$ 2,17 |
52º lugar | México | R$ 2,05 |
53º lugar | Rússia | R$ 2,03 |
54º lugar | Malásia | R$ 1,38 |
55º lugar | Nigéria | R$ 1,36 |
56º lugar | Irã | R$ 1,29 |
57º lugar | Emirados Árabes | R$ 1,06 |
58º lugar | Egito | R$ 0,60 |
59º lugar | Kuwait | R$ 0,48 |
60º lugar | Arábia Saudita | R$ 0,27 |
61º lugar | Venezuela | R$ 0,03 |
Fonte: Bloomberg |
Brasil fica em 15° em ranking do impacto da gasolina no salário
DE SÃO PAULO
Atualizado em 24/06/2013 às 17h21 Folha de S.Paulo
Atualizado em 24/06/2013 às 17h21 Folha de S.Paulo
.
A parcela da renda diária do brasileiro necessária para comprar um litro de
gasolina é a 15ª maior em uma lista de 60 países, mostra um levantamento feito
pela Bloomberg.
No segundo trimestre do ano, o preço do litro do combustível no país era de
cerca de R$ 3,30, que equivale a 4,88% do que o brasileiro ganha, em média, por
dia (R$ 67,62), aponta a pesquisa.
O percentual é superior ao preço relativo em outros países emergentes como
Rússia, que ficou na 35ª posição da lista, e Coreia do Sul, que ficou no 30º
lugar.
O ranking é liderado pela Índia, onde o gasto médio com um litro de gasolina
chega a 30,69% do salário diário.
A classificação é resultado dos baixos rendimentos e da infraestrutura
limitada do país, segundo a Bloomberg.
Em valores nominais, o combustível no Brasil é o 36º mais caro do mundo.
A Venezuela tem o litro da gasolina mais barato -o preço é de, em média, R$
0,02, ou 0,03% da renda diária de um venezuelano.
Já o país onde o combustível é mais caro é a Turquia, onde o valor do litro é
de R$ 5,30, ou 8,56% do rendimento diário no país.
A média de consumo diário no Brasil é de 0,3 litro.
PREÇO EM ALTA
Segundo o levantamento, o preço da gasolina no Brasil cresceu 15% na passagem
do primeiro trimestre de 2013 para o segundo, alta mais expressiva do ranking.
Nos primeiros três meses do ano, quando o litro da gasolina estava em R$
2,91, o combustível era o 39º mais caro da lista em valores nominais.
Este ano, a Petrobras anunciou um reajuste de 5,4% no preço da gasolina -o
primeiro com impacto ao consumidor desde 2005.
Antes, a alta era anulada nos postos, já que o governo abria mão da
arrecadação da Cide, imposto federal dos combustíveis que foi zerado no ano
passado e, portanto, não pode mais compensar eventuais reajustes.
A Petrobras é obrigada a importar o combustível a preços internacionais e
vendê-lo com defasagem no mercado interno, para não comprometer a meta oficial
de inflação do governo.
GASTO COM GASOLINA NO BRASIL
4,88%
é a fatia do salário
gasta na compra de um litro de
gasolina no Brasil
R$ 3,30
é quanto custa
o litro do
combustível
atualmente no país
30,7%
do salário é o gasto médio
na Índia, a líder da
pesquisa, de um total de 60 países
.
A parcela da renda diária do brasileiro necessária para comprar um litro de
gasolina é a 15ª maior em uma lista de 60 países, mostra um levantamento feito
pela Bloomberg. No segundo trimestre do ano, o preço do litro do combustível no país era de cerca de R$ 3,30, que equivale a 4,88% do que o brasileiro ganha, em média, por dia (R$ 67,62), aponta a pesquisa.
O percentual é superior ao preço relativo em outros países emergentes como Rússia, que ficou na 35ª posição da lista, e Coreia do Sul, que ficou no 30º lugar.
O ranking é liderado pela Índia, onde o gasto médio com um litro de gasolina chega a 30,69% do salário diário.
A classificação é resultado dos baixos rendimentos e da infraestrutura limitada do país, segundo a Bloomberg.
Em valores nominais, o combustível no Brasil é o 36º mais caro do mundo.
A Venezuela tem o litro da gasolina mais barato -o preço é de, em média, R$ 0,02, ou 0,03% da renda diária de um venezuelano.
Já o país onde o combustível é mais caro é a Turquia, onde o valor do litro é de R$ 5,30, ou 8,56% do rendimento diário no país.
A média de consumo diário no Brasil é de 0,3 litro.
PREÇO EM ALTA
Segundo o levantamento, o preço da gasolina no Brasil cresceu 15% na passagem do primeiro trimestre de 2013 para o segundo, alta mais expressiva do ranking.
Nos primeiros três meses do ano, quando o litro da gasolina estava em R$ 2,91, o combustível era o 39º mais caro da lista em valores nominais.
Este ano, a Petrobras anunciou um reajuste de 5,4% no preço da gasolina -o primeiro com impacto ao consumidor desde 2005.
Antes, a alta era anulada nos postos, já que o governo abria mão da arrecadação da Cide, imposto federal dos combustíveis que foi zerado no ano passado e, portanto, não pode mais compensar eventuais reajustes.
A Petrobras é obrigada a importar o combustível a preços internacionais e vendê-lo com defasagem no mercado interno, para não comprometer a meta oficial de inflação do governo.
GASTO COM GASOLINA NO BRASIL
4,88%
é a fatia do salário
gasta na compra de um litro de gasolina no Brasil
R$ 3,30
é quanto custa
o litro do combustível
atualmente no país
30,7%
do salário é o gasto médio
na Índia, a líder da pesquisa, de um total de 60 países
'Cresceria mais se não pagasse tanto por combustível', diz presidente da Avianca
MARIANA BARBOSA Folha de S.Paulo, 17/11/2013 - 01h30
Enquanto as líderes do setor aéreo economizam até no ar condicionado para
fazer frente ao aumento de custos de combustível e do câmbio, que têm provocado
prejuízos bilionários desde o ano passado, no QG da Avianca o clima é de
comemoração.
Com um serviço elogiado pelos viajantes (lanche quente, TV individual e espaço entre as poltronas), a Avianca não dá conta da demanda.
O engenheiro José Efromovich, 58, sócio do irmão German na empresa e desde 2008 seu presidente, ressalta que tem o maior aproveitamento de assentos do setor (82%).
José Efromovich dá entrevista na sede da Avianca
Há anos na lanterna, deve crescer 40% em 2013 e prevê fechar o ano com 7% do mercado --o que já incomoda a concorrência. Neste mês, a Gol ampliou o espaço em seus aviões retirando duas fileiras de assentos na ponte aérea Rio-SP.
Folha - Está sendo um ano difícil para o setor, com combustível e câmbio em alta e zero de crescimento. Se, como o sr. diz, a Avianca lucrar nesse cenário, a demanda que o setor apresentou ao governo é choradeira de quem enfrenta problemas particulares?
José Efromovich - Não vi ninguém chorar. O meu resultado não é suficiente. Poderia crescer muito mais. Por que temos que pagar o combustível mais caro do mundo? Não entendo a fórmula de cálculo da Petrobras. Na última semana do mês, você fica sabendo o preço que pagará no mês seguinte. Se o preço do combustível dobra, não há milagre. Vai ser repassado para a passagem.
Com um serviço elogiado pelos viajantes (lanche quente, TV individual e espaço entre as poltronas), a Avianca não dá conta da demanda.
O engenheiro José Efromovich, 58, sócio do irmão German na empresa e desde 2008 seu presidente, ressalta que tem o maior aproveitamento de assentos do setor (82%).
José Efromovich dá entrevista na sede da Avianca
Há anos na lanterna, deve crescer 40% em 2013 e prevê fechar o ano com 7% do mercado --o que já incomoda a concorrência. Neste mês, a Gol ampliou o espaço em seus aviões retirando duas fileiras de assentos na ponte aérea Rio-SP.
Folha - Está sendo um ano difícil para o setor, com combustível e câmbio em alta e zero de crescimento. Se, como o sr. diz, a Avianca lucrar nesse cenário, a demanda que o setor apresentou ao governo é choradeira de quem enfrenta problemas particulares?
José Efromovich - Não vi ninguém chorar. O meu resultado não é suficiente. Poderia crescer muito mais. Por que temos que pagar o combustível mais caro do mundo? Não entendo a fórmula de cálculo da Petrobras. Na última semana do mês, você fica sabendo o preço que pagará no mês seguinte. Se o preço do combustível dobra, não há milagre. Vai ser repassado para a passagem.
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