domingo, 10 de novembro de 2013

A ILUSÃO DA TAXA DE JUROS


O cenário econômico do Brasil em relação a inflação indica um dado que sempre tive convicção que alta de taxa de juros só funciona em momentos extremos colocando em 30%, em uma inflação chegando ao estado aonde a única necessidade é acabar com uma inflação generalizada, aonde se corrói salários em poucos dias.

Com inflação equilibrada, aonde alguns aumentos de produtos seja sazonais, aumentar a taxa Selic adianta praticamente nada para combater aumento de preços, analisando profundamente o aumento de taxa de juros com uma inflação equilibrada, prejudica o próprio país para manter a inflação controlada. Por quê? O maior aliado para manter os preços sobre controle se chama concorrência, com alta de juros a produção diminui, sobrevivendo empresas com maior poder aquisitivo, dominando o mercado praticamente sozinhas no seu ramo de atividade, elevando os preços dos produtos.



Certamente o Banco Central do Brasil, vendo uma considerada baixa na inflação, pelo motivo das desonerações de produtos, principalmente da cesta básica (em julho de 2013), pode ter pensado que os baixos índices medidos no começo do 2º semestre, chegando próximo da meta de inflação foi por ter aumentado a Selic em 0,5%, e esse percentual foi aumentado em todos últimos 6 meses pelo Copom (Comitê de Política Monetária), em exceção ao mês de abril (0,25%). A inflação ficou acumulada nos últimos 12 meses em 5,84% , com a meta de inflação de 4,5%, com tolerância em até 6,5%, com a taxa de juros (Selic) em 9,5% no ano.

A maior força para combater aumento de preços é a concorrência, por isso se deve dar mecanismos para fortalecer ela, como:
O câmbio, desvalorizando menos o Real, principalmente para facilitar a importação de insumos para a produção das industrias.
Diminuindo taxas de importação de produtos em alta na inflação, para ter a concorrência de produtos (nacionais X importados).
Ter uma tarifa maior para exportação de produtos em alta na inflação como para carne, que foi uma das vilãs do mês de outubro, para suprir a demanda do mercado interno, não deixando o lucro ser maior para exportação, evitando o país com muita procura e pouca oferta, resultando em alta da inflação.  


In f lação  acelera  para  0,57%  em ou t u bro;  ca rne  foi  p ri n c i pal 'vi lã' do mês

Do UOL, em São Paulo
07/11/2013 09h55
A inflação oficial acelerou para 0,57% em outubro, após avançar 0,35% em setembro, segundo informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (7). Em outubro do ano passado, o indicador registrou alta de 0,59%.
A inflação oficial em 12 meses ficou em 5,84%, acima da meta do governo para o período (4,5%), mas dentro do limite previsto (de até 6,5%). O indicador ficou ligeiramente abaixo dos 5,86% registrados no período de 12 meses encerrado em setembro. É a menor variação desde dezembro de 2012, quando também atingiu 5,84%.
A inflação oficial acumula taxa de 4,38% no ano, igual ao registrado no mesmo período do ano passado. 
O IPCA mede a inflação para as famílias com renda de um a 40 salários mínimos em nove regiões metropolitanas do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, a além do município de Goiânia e de Brasília.

Carne é a vilã do mês

As carnes foram as principais vilãs em outubro, com alta, em média, de 3,17% --chegando a 5,85% na região metropolitana de São Paulo.
Outros alimentos importantes na mesa do consumidor também aumentaram, com destaque para o tomate, cuja alta foi de 18,65%, mas atingiu 52,69% na região metropolitana do Rio de Janeiro.
Com estes e outros aumentos, o grupo Alimentação e Bebidas subiu 1,03% em outubro, acima dos 0,14% de setembro, e foi o principal responsável pela aceleração da inflação oficial de um mês para o outro.
Os nove grupos que compõem o IPCA apresentaram as seguintes variações na passagem de setembro para outubro: alimentação e bebidas (de 0,14% para 1,03%), habitação (de 0,62% para 0,56%), artigos de residência (de 0,65% para 0,81%), vestuário (de 0,63% para 1,13%), transportes (de 0,44% para 0,17%), saúde e cuidados pessoais (de 0,46% para 0,39%), despesas pessoais (de 0,20% para 0,43%), educação (de 0,12% para 0,09%) e comunicação (de recuo de 0,04% para alta de 0,08%).

INPC

O IBGE também informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,61% em outubro, depois da alta de 0,27% em setembro. No ano, o indicador acumula alta de 4,25%, e, em 12 meses, avanço de 5,58%, indicando recuo em relação aos 12 meses encerrados em setembro, quando ficou em 5,69%.
O INPC se refere à inflação percebida pelas famílias com renda de um a cinco salários mínimos que vivem nas mesmas localidades pesquisadas para o IPCA.
(Com Reuters e Valor)





Nenhum comentário:

Postar um comentário