quinta-feira, 3 de outubro de 2013

UMA DAS MAIORES TARIFAS DO BRASIL, PRECISA DE SUBSÍDIO?



A prefeitura do município de São Paulo justificou o aumento de até 45% do IPTU para imóveis comerciais, e de até 30% de aumento para imóveis residenciais, para subsidiar empresas de ônibus devido as manifestações de junho que exigiram a diminuição do preço das passagens do transporte público.


Como pode o município do tamanho de São Paulo ter que pagar subsídios para empresas milionárias de ônibus? Cidade rica financeiramente e em número de população, o que leva as empresas de ônibus aumentarem seus lucros a cada ano. Ainda mais o prefeito da capital paulista Fernando Haddad, tem a opção de renovar contratos, sem oferecer ou aumentar subsídios, dividindo o bolo do jeito que a prefeitura queira.


Como pode a cidade ter uma das maiores tarifas do transporte público, ter que pagar subsidio, enquanto outras, com preços de passagens menores não precisam pagar, como na cidade do Rio de Janeiro? Ainda mais a pouco tempo o Governo Federal zerou o PIS/Confins para empresas de transportes público, o que fez aumentar mais os lucros das empresas.

E agora, precisa desse aumento alarmante no IPTU, para os imóveis de São Paulo, subsídio não pega?






25/06/2013 - 20h47

Paes rejeita subsídio e divulga lucro de empresas de ônibus no Rio



ITALO NOGUEIRA Folha de S.Paulo


Com críticas à política federal para mobilidade urbana, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), recusou subsidiar as empresas de ônibus para compensar perdas pela redução de tarifa.
Em reação às manifestações das últimas semanas, o prefeito também divulgou a composição de receitas e custos das empresas do setor. Segundo o município, elas lucraram R$ 70 milhões no ano passado, e terão uma taxa interna de retorno de 8,5% em 20 anos de contrato.

De acordo com Paes, a redução na receita, estimada em R$ 200 milhões após a volta da tarifa a R$ 2,75, será arcada pelos empresários do setor.
O prefeito afirmou que uma comissão analisará a redução dos custos dos consórcios que operam o sistema de ônibus gerados por obras da prefeitura. O "ganho de performance" será repassado para a tarifa, disse o prefeito.
A prefeitura concluiu um e vai construir mais três BRTs (vias expressas para ônibus articulados) até 2016, além de ter implantado corredores para ônibus na zona sul e no centro. As intervenções, quando concluídas, vão reduzir a frota em até 30%, reduzindo os custos.
"Esse impacto na tarifa [redução de R$ 0,20] não precisa ser pago com subsídio do poder público. Se a gente acelerar os ganhos de eficiência, a gente consegue avançar nisso", disse Paes. Um grupo formado por técnicos --três da prefeitura, três de universidades-- vai analisar esse impacto.



03/10/2013 12h08 - Atualizado em 03/10/2013 13h44

Aumento do IPTU manterá subsídios 



ao transporte, diz Haddad


Mais de 1 milhão de imóveis terão reajuste de até 30% a partir de 2014.
Proposta é manter tarifa de ônibus de R$ 3 no próximo ano


Letícia Macedo

Do G1 São Paulo


O prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou nesta quinta-feira (3) que um dos destinos do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU)  é manter o subsídio ao transporte. Projeto de Orçamento prevê aumento do imposto e a Prefeitura de São Paulo calcula que mais de 1 milhão de imóveisterão reajuste entre 20% e 30% a partir de 2014.
“Um dos destinos da fonte [do IPTU] é o subsídio ao transporte. Um dos maiores investimentos que nós vamos fazer no ano que vem é no transporte. De R$ 600 milhões vai para R$ 1,6 bilhão. A intenção é justamente poder manter a tarifa [no ano que vem]. Agora tem que ver o que a Câmara decide”, afirmou Haddad após visita a obras de drenagem na Zona Leste de São Paulo.
Em junho, Haddad revogou reajuste e manteve a tarifa de ônibus em R$ 3. A proposta é a de que a tarifa se mantenha em R$ 3 em 2014.
“Na verdade, se levarmos em consideração o aumento no custo do transporte com o congelamento da tarifa, nós estamos colocando no orçamento do ano que vem, em relação ao orçamento desse ano, R$ 1 bilhão a mais de subsídio. Se levar em conta que a tarifa estava em R$ 3 em 2011, quando aconteceu o último aumento na passagem. Nós vamos para o quarto ano de tarifa congelada, mesmo com as desonerações que foram feitas, a tarifa teria que ir para R$ 3,45. Para isso não acontecer, nós tivermos que aumentar de R$ 600 milhões para R$ 1,6 bilhão o subsidio da tarifa”, disse Haddad.
Questionado sobre o aumento do IPTU ter sido acima da inflação, Haddad disse que estão "reduzindo alíquota" do imposto.
“Tem muita gente que vai ficar isenta. Tem muita gente que vai ter redução. Quando o preço no supermercado aumenta,o ICMS aumenta, acompanha a evolução dos preços. Não estamos aumentando alíquota, estamos reduzindo a alíquota de IPTU”, afirmou.
“Se fosse colocar o valor do preço dos imóveis em São Paulo, seria desproporcional. Os imóveis subiram muito mais que a inflação em São Paulo”, completou.

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