segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A PETROBRAS É DO POVO OU O POVO É DA PETROBRAS?

No Brasil se hostiliza muito a direita o que não concordo, mesmo não defendendo essa ideologia, a minha discordância na forma de analisar ideologias política, é que não são feitas de maneira exata, a Petrobras é o maior retrato da diferença do que se fala, do que se defende. No mundo atual ser de direita é colocar como prioridade a defesa do capitalismo, o fortalecimento de empresas, para ajudar a população. Ser de esquerda é defender como prioridade a sociedade, ajudando o povo se fortalecer, para o crescimento das empresas.

Defender aumento de preços de uma empresa com grande capital privado, podendo fechar o ano de 2013 com lucro líquido acima de 22 bilhões, para fortalecer o caixa da empresa é defender política de direita, não estou criticando a ideologia, valorizo muito a importância das empresas para o desenvolvimento da sociedade e para o crescimento econômico do país, mas me coloco como de centro-esquerda por defender com unhas e dentes o povo, e nesse tema de aumento de preços dos combustíveis, a sociedade é sacrificada para aumentar lucro da Petrobras, querendo enforcar simples trabalhadores que tem no carro seu ganha pão, e também incidindo aumentos em vários tipos de preços de produtos que utilizam frete, e nos transportes públicos. E ainda mais, grande parte do lucro da Petrobras é remetido para o exterior para bilionários estrangeiros que vivem do capital especulativo em bolsa de valores.



A desoneração na Petrobras não satisfaz seus conselheiros, investidores, para eles precisa ter aumento para chegar no bolso do povo, lembro em 2012 a Cide foi zerada, para o aumento dos combustíveis não chegar ao consumidor, alguns meses depois veio cobrar novo aumento, com a conversa sem sentido de defasagem de preço, o valor cobrado em outros países pelos combustíveis não interfere em nada no valor cobrado no Brasil, e além disso eles só comparam com preço de países que não tem refinaria, nem reserva de petróleo, na Venezuela o valor do litro da gasolina é R$ 0,03 centavos, tenho certeza que a Petrobras não importa gasolina mais cara, (quando raras vezes não foi auto-suficiente) para vender mais barata, isso é uma forma de pretexto para usar como desculpa para aumentos, sabendo e podendo que pode importar petróleo para refinarias da Petrobras.

Como os bilionários estrangeiros que detém parte da Petrobras em ações nas bolsas do mundo quer ouvir; aumento de preço ao consumidor, e já preparam nova cobrança ao Governo Federal no inicio de 2014 de reajustes, porque não ficaram satisfeitos podendo o aumento chegar ao consumidor a 2%/gasolina e 4%/diesel . Sugeria para equipe econômica do Governo Federal, toda vez que houver aumento de preços dos combustíveis, aumentar o índice do PIS/Confins da Petrobrás e com essa arrecadação desonerar alimentos, e produtos da industria, vai ajudar contra inflação, ajudar empresas que se encontram em situações financeira delicada, aumentar o consumo/economia e  melhorar a vida de milhões de pessoas do nosso Brasil.      


Estrangeiros criticam eleição de conselho e plano da Petrobras


Por Renato Rostás | Valor    05/09/2012 às 19h37


SÃO PAULO  -  A Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec) enviou hoje uma carta à administração da Petrobras criticando tanto a eleição dos dois representantes dos acionistas minoritários no conselho da estatal como o plano de investimentos da empresa.
A carta assinada por 16 investidores estrangeiros, responsáveis pela gestão de recursos de cerca de US$ 1,9 trilhão — a maior parte alocada em mercados emergentes e, principalmente, no Brasil — foi mandada para Maria das Graças Foster, presidente da petrolífera, e Guido Mantega, Ministro da Fazenda e presidente do conselho.
A associação diz que a maior preocupação, no momento, é com o plano de investimentos da estatal, anunciado em 14 de junho. Particularmente, o número que salta aos olhos dos fundos é o do montante a ser gasto com o desenvolvimento da área de refino da empresa.
O problema, segundo a carta, é a falta de um mecanismo claro de reajuste dos preços de combustíveis. Por causa da intenção do governo de não repassar imediatamente os preços no mercado internacional para os produtos no âmbito doméstico, a divisão vem registrando prejuízo e mitigando os lucros da estatal há alguns trimestres.
“Essas ações tomadas pela companhia, receamos, não levam em conta os melhores interesses de todos os acionistas, seja no curto ou no longo prazos”, diz o texto. Em contrapartida, o grupo vê como positivo o reajuste recente nos preços da gasolina e do diesel.
Além disso, eles querem maiores garantias de que as duas cadeiras reservadas a minoritários sejam realmente escolhidas pelos mesmos. Nas últimas eleições, os fundos alegam que os votos de órgãos ligados ao governo, que são participantes do capital social da Petrobras, foram determinantes.
A Petros, a Funcef e o Previ, fundos de pensão da própria estatal, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, respectivamente, além de BNDES e BNDESPar, ligada ao banco de fomento, foram responsáveis pela escolha dos últimos conselheiros que deveriam representar os acionistas não controladores da empresa.
Por isso, o grupo, representado pela Amec, quer que os votos dessas entidades sejam desconsiderados nos próximos pleitos. Nesse sentido, a proposta feita por representantes da Petrobras de que cada minoritário nomeie seu candidato e possa dar seu voto, é elogiada pelos investidores.
Para provar seu argumento de que a rentabilidade aos acionistas não está sendo levada em conta, a associação calcula que desde a capitalização, em 2009, as ações da estatal já recuaram 48%, em dólares. No mesmo período, o XOP, um índice ligado a um fundo que acompanha petrolíferas no mundo inteiro, subiu 46%.
(Renato Rostás | Valor)

Ministro afirma que Petrobras deve ter lucro acima de R$ 20 bilhões em 2013

Segundo Edison Lobão, empresa cumprirá rigorosamente o cronograma de investimentos

Agência Estado 






Agência Petrobras
Este ano, no acumulado do primeiro semestre, o lucro da Petrobras é de R$ 13,9 bilhões

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta terça-feira (3) que a Petrobras deve registrar em 2013 lucro acima de R$ 20 bilhões. "É com isso que trabalhamos", disse.
De acordo com Lobão, a Petrobras cumprirá, rigorosamente, o cronograma de investimentos em 2013. "Esse argumento de que a Petrobras tem seu investimento comprometido é antigo.
Ela nunca deixou de fazer seus investimentos." Perguntado se se referia a lucro ou faturamento da estatal, ele sorriu e respondeu: "Espero que seja lucro."
Em 2012, a Petrobras registrou lucro de R$ 21,18 bilhões. Este ano, no acumulado do primeiro semestre, o lucro da empresa é de R$ 13,9 bilhões.


A Petrobras tem 40% de seus lucros remetidos ao exterior

A Petrobras hoje não é nossa. A Petrobras tem que voltar ser nossa para que o pré-sal possa ser dela
Argemiro Pertence De BRASIL DE FATO 26/09/2013

Neste momento em que muita gente se prepara para comemorar os 60 anos de criação da Petrobras, é preciso relembrar alguns fatos e dados para trazer-nos de volta à realidade.
O capital social da Petrobras é formado por 8.774.076.740 ações sem valor nominal (57,8% de ações ordinárias, com direito de voto, e 42,2% de preferenciais). A União Federal exerce o controle acionário, com 55,6% do capital votante ou 2.819.707.493 ações ON.
A divisão dessas ações segundo seu tipo e proprietário está mostrada na planilha a seguir:
Considerando-se o capital total, a União Federal dispõe somente de 39,8% das ações. Levando-se em conta o capital votante – as ações ordinárias nominativas ou ON – a União Federal controla a empresa com uma folga de somente 5,6% do total. Qualquer mudança de orientação política num governo permitirá a perda do controle estatal da empresa.
Outro dado digno de nota: 38,8% do capital social da Petrobras está em mãos de estrangeiros (pessoas físicas, instituições financeiras e simples especuladores). Este número obtém-se somando os dois tipos de ADR (American Depositary Receipts) negociados no mercado dos EUA com as ações em poder de estrangeiros, de acordo com a Resolução nº 2.689 do Conselho Monetário Nacional.
Assim, cerca de 40% dos lucros anuais da Petrobras são transferidos para o exterior, ignorando solenemente as necessidades brasileiras e os programas sociais da União, para inflar a riqueza de banqueiros e concentrar ainda mais a riqueza.
Mantido o atual quadro, mesmo que a luta de muitos tenha resultados, “o petróleo seja nosso” e a Petrobras venha ser a dona do Pré-sal, cerca 40% dos lucros das operações resultantes da produção desses campos serão remetidos ao exterior.
Assim, a questão não se restringe somente à posse do pré-sal e de outras áreas. É preciso ampliar o campo de visão. A Petrobras hoje não é nossa. A Petrobras tem que voltar ser nossa para que o pré-sal possa ser dela.

Argemiro Pertence é engenheiro, ex-vice-presidente da AEPET e comentarista internacional do programa "Faixa Livre" - Rádio Bandeirantes, AM 1360.

Nenhum comentário:

Postar um comentário