quarta-feira, 28 de maio de 2014

MOBILIDADE URBANA, O GRANDE DESAFIO.



A sugestão a seguir de mobilidade urbana na cidade de São Paulo, vejo como uma importância imensa para população e para própria prefeitura do município, por ser uma obra de grande porte e impacto positivo, que com possíveis parcerias (Estadual/Federal) pode se tornar mais fácil executar. 

O projeto seria o prolongamento do conhecido Expresso Tiradentes, que é feito hoje grande parte do trajeto pela avenida do Estado, e liga o Terminal Mercado (Centro) aos Terminais Sacomã e Vila Prudente, essa expansão seria na avenida Radial Leste e avenida Aricanduva, e passaria a se chamar BRT (Bus Rapid Transit), assim praticamente a Radial só teria duas linhas (BRT) que faria a ligação com o Centro e outras regiões da capital com a Zona Leste (Terminal Sacomã-Terminal Aricanduva e Terminal Vila Prudente-Terminal Itaquera), e seriam complementadas nos terminais e estações do BRT por lotações e ônibus para servir bairros da região Leste.



Essa obra não tira as faixas reversíveis existentes da avenida Radial Leste, porque os corredores seriam construídos grande parte ao lado do Metrô, o que ajuda também economizar grande receita, por não precisar de elevados, desse modo não teria semáforos, da mesma forma como os transportes sobre trilhos (Linha 3 Vermelha/Metrô e 11 Coral/CPTM). Possivelmente os corredores em elevados seriam mais exigidos na região do Brás até o Terminal Mercado, e parte da avenida Aricanduva.




A minha vontade pessoal seria que esse BRT e toda expansão fosse com VLT (Veiculo Leve sobre Trilhos), com acesso gratuito para estações do Metrô e CPTM, mas só a expansão do BRT (Expresso Tiradentes) já é difícil; imagina, e um projeto ainda mais complexo pelas qualidades exigidas para execução das obras, e toda burocracia?  

 




Vídeo do atual Expresso Tiradentes




terça-feira, 13 de maio de 2014

EDUCAÇÃO É O CAMINHO DE TUDO



Existe coisas na vida, que não chamo de coincidências mas de sinais, estava programando para redigir o projeto a seguir que envolve ensino universitário, e saiu a noticia sobre crise financeira que atravessa as universidades do Estado de São Paulo.

Esse projeto seria para desenvolver, expandir e oferecer a cada dia mais, para um número maior de brasileiros, uma universidade de qualidade como USP (melhor bem colocada do Brasil no ranking mundial), para isso seria usada uma metodologia por exemplo parecida como é feito na Petrobras. Seria parecido (capital de giro), mas também diferente (sem fins lucrativos), os empresários bilionários/filhos sonham em estudar na USP e se preparam muito com mega cursinhos, para passar no vestibular.

Se fosse cobrado um valor simbólico como na média das universidades privadas, para as pessoas de renda bem superiores, estudar na melhor universidade do Brasil seria como valor de cafezinho. Dependendo do capital de giro obtido poderia planejar construir até 2, 3...Cidades Universitárias por ano, como a USP no Butantã/São Paulo, e seria destinado 50% das vagas para alunos das escolas públicas a custo zero, e colocado como meta para USP, em 5 anos estar entre as 10 maiores universidades do mundo.

E para estar entre as melhores, se buscaria o intercâmbio de professores, parcerias em pesquisas com universidades como de Harvard, Toronto, Tóquio, e aperfeiçoamento em materiais, estrutura e ensino. A mensalidade seria para ajudar os mais pobres com expansão, de universidade de qualidade, e os que são de classes mais elevadas do Brasil inteiro que vem à São Paulo prestar vestibular para Fuvest, mas falta opção para todas classes.

No que diz respeito jurídico caso seja necessário, seria criada uma Fundação (sem fins lucrativos), mas apenas para diversificar (caso necessite), mas a USP/Cidade Universitária seria responsável e modelo. O foco desse projeto, seria a expansão em conjunto com desenvolvimento de qualidade de 1º mundo do ensino universitário. No Brasil as universidades não pode estar entre as 100, 200, 300 melhores, mas pelo menos entre as 10, 20, 30 melhores do mundo, e não servir uma minoria, mas a maioria principalmente das classes de menor renda.      



Crise financeira faz reitores da USP, Unicamp e Unesp congelar salários

Pela primeira vez em dez anos, dirigentes das três universidades estaduais paulistas propõem reajuste zero para servidores e docentes; comprometimento com folha de pagamento é justificativa


13 de maio de 2014 | 0h 00 Paulo Saldaña e Victor Vieira - O Estado de S. Paulo


SÃO PAULO - Os reitores das três universidades estaduais paulistas - USP, Unicamp e Unesp - decidiram congelar os salários de professores e servidores neste ano. O motivo é a crise financeira das instituições e o alto nível de comprometimento das receitas com a folha de pagamento, principalmente na USP - que já extrapola o orçamento com salários. Docentes e servidores rechaçam a proposta.
Na USP, comprometimento de orçamento com folha de pagamento é de 105% - NILTON FUKUDA/ESTADÃO-22/1/2014
NILTON FUKUDA/ESTADÃO-22/1/2014
Na USP, comprometimento de orçamento com folha de pagamento é de 105%

Segundo as universidades, o comprometimento de orçamento com folha de pagamento atinge 94,47% na Unesp e 96,52% na Unicamp. Na USP, esse porcentual fica em torno de 105%, fazendo com que a universidade tenha consumido, só nos três primeiros meses do ano, R$ 250 milhões de suas reservas financeiras. Desde 2012, a USP já gastou quase 40% de sua poupança, o equivalente a R$ 1,3 bilhão.É a primeira vez em pelo menos dez anos que as estaduais falam em reajuste zero. A decisão foi anunciada ontem pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), entidade que reúne os dirigentes das três instituições, em reunião com representantes de professores e funcionários. De acordo com o Cruesp, a condição atual não permite "realizar qualquer reajuste salarial neste momento".
A situação da USP foi a que mais pesou na decisão tomada pelos reitores. Questionada, a assessoria de imprensa da universidade informou que o Cruesp é que responde pelas negociações e pela proposta.
Uma nova reunião está marcada para a semana que vem com representantes dos trabalhadores. Na proposta do Cruesp, a situação financeira seria reavaliada a partir de setembro, a depender do comportamento das transferências de recursos. E só depois disso é que se poderia analisar um possível aumento.
As estaduais têm autonomia financeira e recebem repasse anual de 9,57% do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Assim, as transferências variam de acordo com a arrecadação estadual. Nos últimos anos, esses valores seguiram crescendo, mas em ritmo menor desde 2012.
Crítica. Professores e funcionários criticaram a proposta. O Fórum das Seis, entidade que reúne as entidades sindicais das estaduais, exige 9,78% de reajuste. O aumento pedido representaria reposição da inflação mais aumento real de 3%.
"O reajuste zero foi uma surpresa. Esperávamos que pelo menos cobrissem a inflação dos últimos doze meses", afirmou o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) Magno de Carvalho. "Apesar do discurso da reitoria de falta de dinheiro, há uma reserva financeira de R$ 2 bilhões", afirmou. Segundo ele, um aumento salarial de 5,5% havia sido discutido no Conselho Universitário da USP no começo do ano.
Nesta semana serão feitas assembleias setoriais para discutir a proposta de congelamento. Na próxima quarta-feira, dia 21, está marcada uma paralisação dos servidores da USP.
Em nota, a Associação dos Docentes da USP (Adusp) afirma que o congelamento é inaceitável. "A tarefa agora é rechaçá-lo! Para tanto, precisamos nos mobilizar imediatamente". A entidade marcou uma reunião extraordinária para amanhã.
Por causa dos problemas orçamentários, a USP já cortou em 30% os gastos com custeio e investimento para 2014. Unesp e Unicamp também reduziram despesas neste ano para conter a crise financeira.


Press release - 22/08/2013 -

USP se destaca em rankings internacionais de universidades


A USP manteve a posição alcançada nos últimos quatro anos, ficando entre as 150 melhores universidades do mundo, segundo o Academic Ranking of World Universities, elaborado peloCenter for World-Class Universities, da Shanghai Jiao Tong University. O ranking foi divulgado no último dia 15 de agosto.
Nesse ranking, são classificadas, anualmente, as 500 melhores universidades do mundo, com base em uma metodologia baseada em seis indicadores, incluindo o número de ex-alunos e docentes ganhadores de Prêmios Nobel, número dos pesquisadores mais citados, selecionados pela Thomson Scientific (base de dados da Thomson Reuters), número de artigos publicados nas revistas Nature e Science, número de artigos indexados no Science Citation Index – Expanded e Social Sciences Citation Index (vertentes do Web of Science, base de dados da Thomson Reuters) e a performance de pesquisa per capita relativa ao tamanho da Instituição.
Esse ranking também classifica as universidades em cinco áreas de concentração e cinco subáreas de pesquisa. A USP aparece entre as 100 melhores universidades na área de Medicina Clínica e Farmácia e entre as 200 melhores nas áreas de Ciências Naturais e Matemática, Engenharia/Tecnologia e Ciências da Computação, além de Ciências Agrícolas e da Vida. Nas subáreas de pesquisa, os destaques são Matemática, Física e Computação, em que a USP está entre as 200 melhores instituições do mundo.
Pesquisa
Em outro ranking, o SIR World Report, elaborado pela Scimago Lab e divulgado em julho, a USP é considerada a universidade brasileira que mais publicou artigos científicos entre os anos de 2007 e 2011.
SIR World Report 2013 avaliou cinco anos de produção científica das instituições de ensino superior de todo o mundo que publicaram, em 2011, pelo menos cem trabalhos científicos indexados na base de dados Scopus. Produzida pela editora holandesa Elsevier, a Scopus é considerada uma das maiores bases de dados científicos do mundo, englobando mais de 20 mil periódicos especializados.
Quando se leva em conta o número total de publicações (desconsiderando trabalhos feitos por academias de ciência, hospitais, fundações e centros nacionais de pesquisa), a USP é a instituição brasileira mais bem colocada – ficando em quinto lugar no ranking mundial, com 48.156 trabalhos publicados entre 2007 e 2011. Em primeiro lugar, está a Universidade Harvard, dos Estados Unidos, com 80.467 publicações. Em seguida, estão Universidade de Tóquio (51.796), Universidade de Toronto (48.944) e Universidade Tsinghua (48.396), da China.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

TRANSPORTES PÚBLICOS: QUAIS AS SOLUÇÕES?



 A necessidade de transportes públicos que ofereça qualidade e conforto na Cidade de São Paulo é tão grande para tirar os usuários do sofrimento do dia dia, que mesmo dobrando as linhas de metrô não resolveria o problema. O que faz a construção de metrô demorar e aumentar o valor das obras são os túneis, elevados e desapropriações, somando a necessidade de ter mais metrô e buscar acelerar a construção, seria importante buscar soluções rápidas e baratas.


Tem momentos que o sacrifício, vale o resultado, se alguém pudesse escolher em um passe de mágica, entre um rio poluído ao lado da avenida Radial Leste e a atual linha 3 Vermelha do metrô, ninguém nem pensaria na primeira opção. Usando o  exemplo do rio Tietê que já foi gasto mais de 3,6 bilhões em despoluição, e buscando solução para amenizar os problemas do transportes públicos, poderia ser construída uma linha de metrô as margens do rio Tietê, entre Lapa-Penha.


A construção da linha no rio seria barato e rápido em comparação a outras linhas devida a dispensa de construção de túneis, grandes elevados e poucas desapropriações, desafogaria a linha 3 de maior movimento do metrô de São Paulo que faz a ligação Leste-Oeste, e o próprio trânsito da Marginal. E da mesma forma que o rodoanel foi sugerido muitos foram contra, devido a expansão e as providencias que envolveria natureza, pelos muitos bilhões que já gastou em despoluição do Tietê e só piorou a situação, poderia também até se discutir além da linha, se valeria a pena enterrar (parte Lapa-Penha), já que hoje o Tietê (capital) não é um rio, e sim um esgoto aberto, proporcionando um ambiente desagradável.          





A o s   22  a n o s   e   l o n g e   d e   s o l u ç ã o   f i n a l,   d e s p o l u i çã o   d o   T i e t ê   j á   c o n s u m i u   US$  3,6  b i

por E d u a r d o   M a r e t ti, d a  R B A  p u b l i c a d o  0 2/ 01/2 0 1 4   09:54

São Paulo – Os projetos de despoluição e desassoreamento do rio Tietê não terão resultados satisfatórios e definitivos se as principais causas da deterioração de suas águas, no passado e no presente, não forem combatidas. O primeiro fator é a falta de saneamento básico universalizado, e o outro o assoreamento, ambos causados pela “ação humana”, adverte o geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos, ex-diretor do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) do Estado de São Paulo e autor de vários livros sobre o tema. “A qualidade das águas responde diretamente à qualidade do sistema de saneamento básico, competência da Sabesp com irresponsabilidades do DAEE”, diz.
“O que falta são políticas públicas bem direcionadas, estratégia bem montada. Não com o objetivo primeiro de despoluir o Tietê, mas de dotar a região metropolitana de um sistema de saneamento básico de primeiro mundo”, analisa. “Não acredito que uma mágica vá nos dar um rio despoluído antes de dotarmos a Região Metropolitana de um sistema de saneamento de primeiro mundo.”
Como a bacia do Alto Tietê, onde está localizada a Grande São Paulo, sofre as consequências da poluição causada por 39 municípios, o problema se torna muito difícil de resolver. Além da magnitude do espaço geográfico de onde vem o esgoto despejado no rio, há ainda o fato de que nem todos os municípios são atendidos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), casos de Diadema, Guarulhos, Mauá, Mogi das Cruzes, Santo André e São Caetano, atendidas por outras empresas. Sem um projeto geopolítico envolvendo a cooperação de todos os municípios com mediação do governo do estado, para ser chegar a uma política de saneamento básico “de primeiro mundo”, o rio continuará poluído.
“Uma cidade isoladamente não consegue resolver o problema, tem de ser uma articulação metropolitana”, diz Álvaro Rodrigues dos Santos. Para ele, as divergências entre tantas cidades com orientações e projetos políticos diferentes dificultam, mas cabe ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) resolvê-las. “Aí é que tem que valer a vontade política do governador. Se ele está com essa vontade política de resolver o problema do saneamento básico, como governador deve reunir os prefeitos envolvidos, dar um tapa na mesa e colocar para funcionar. E jogar isso para a sociedade dar sustentação. Isso é vontade política.”

Por mais de duas décadas

Segundo a Sabesp, o Projeto Tietê teve início em 1992, com a assinatura de um contrato de empréstimo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). De lá para cá, foram muitos outros contratos de empréstimo, e nada resolvido. A última promessa de solução foi feita no dia 13 de dezembro, quando o governador assinou com o presidente francês, François Hollande, acordos de cooperação prevendo a troca de conhecimentos e tecnologias entre a Sabesp e a entidade daquele país responsável pela despoluição do rio Sena.
"Espero que não venha mais nenhuma promessa de milagre. Esses acordos são complicados, porque acho que temos todas as tecnologias e competência tecnológica na maior cidade da América do Sul para dar conta disso", diz Álvaro Rodrigues.
Antes do convênio com o governo francês, o Japão foi oferecido como a solução para todos os males do Tietê. Em 2000, ainda na administração Mario Covas, R$ 375 milhões foram emprestados pelo país asiático para o rebaixamento da calha. Mais tarde, já governador, Alckmin chegou a dizer que as marginais Pinheiros e Tietê nunca mais inundariam, fruto dessa obra, mas acabou desmentido pela chuva.
Em 2010 a Sabesp recebeu novo empréstimo de US$ 63 milhões da Agência de Cooperação Internacional do Japão para a construção de estações de tratamento de esgoto.
Passadas pouco mais de duas décadas desde o início do programa, o objetivo segue sendo justamente implementar a infraestrutura de coleta e tratamento de esgoto nas cidades atendidas pela Sabesp na Região Metropolitana. Até 2015, o investimento chegará a US$ 3,6 bilhões, nas chamadas primeira (1992-1998), segunda (2000-2008) e terceira fases.
A despoluição do principal rio paulista e de seus afluentes depende de vários fatores, diz a Sabesp, por meio de sua assessoria de imprensa, como “varrição e coleta de lixo; regularização de favelas e loteamentos clandestinos; combate o esgoto irregular; atuação das prefeituras nos municípios não operados pela Sabesp”.
Segundo a companhia, a terceira fase (2009-2016), em andamento, beneficiará 1,5 milhão de pessoas com rede de coleta, e tratamento para mais 3 milhões de pessoas. O investimento é de US$ 2 bilhões. A coleta subirá de 84% a 87% e o tratamento, de 70% a 84%. A quarta e última fase “vai garantir a universalização do saneamento nas áreas regulares atendidas pela Sabesp. Essa etapa está em fase de financiamento e estará concluída até o fim desta década”, informa a empresa.
“Não adianta só um grande sistema de coleta. Tem que ir levando esse sistema de coleta organizado e toda a infraestrutura à periferia”, diz Rodrigues dos Santos.

Assoreamento

Fora a questão do (ou da falta de) saneamento, o outro aspecto, igualmente grave, é o assoreamento. Segundo o geólogo, uma das principais causas das enchentes na cidade e na metrópole, decorrentes do volume de sedimentos oriundos dos processos erosivos nas zonas periféricas em expansão da cidade. “Chegam à rede cerca de 4 milhões de metros cúbicos desses sedimentos por ano. Com todos esses bilhões que foram investidos no alargamento  e aprofundamento da calha, para aumentar a capacidade de vazão, não se consegue resolver o problema.”
O assoreamento não é provocado por causas naturais como chuvas e o próprio curso das águas, como muitos acreditam, mas pela ação humana. “São promovidas por movimentos de terra, terraplenagem, seja casa a casa, sejam grandes empreendimentos imobiliários. São processos erosivos provocados pelo homem”, explica. “E absolutamente nada é feito para conter esse problema em sua causa, a erosão, e joga-se tudo no desassoreamento. São centenas de milhões de reais por ano gastos no desassoreamento da rede de drenagem. É um absurdo que não se trabalhe concomitantemente num projeto de redução do volume de sedimentos que chegam.”
De acordo com o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), o governo Geraldo Alckmin, já investiu R$ 358,9 milhões no desassoreamento de 4,5 milhões de metros cúbicos do Tietê. “Somando os investimentos no desassoreamento também de seus principais afluentes, esses números totalizam R$ 562,3 milhões e a retirada de 7,4 milhões de metros cúbicos de detritos. O Tietê nunca esteve tão desassoreado, sua calha encontra-se de acordo com a sua batimetria original, e os trabalhos de desassoreamento - que são contínuos -, seguem dentro do cronograma estipulado”, afirma a autarquia, por meio da assessoria de imprensa.
Segundo o geólogo do IPT, costuma-se apontar o lixo como causa de enchentes, mas esse é um mito. “O lixo urbano realmente atrapalha, mas está muito longe de ser o vilão das enchentes. Do volume que chega ao Tietê, apenas 5% é lixo. 95% são sedimentos arenosos que vêm dos processos erosivos, provocado pelo avanço da cidade sobre uma região cada vez mais montanhosa, com trabalhos de terraplenagem cada vez mais extensos, expondo o solo à erosão”. Culpando o lixo,  esclarece Rodrigues, “as autoridades jogam a responsabilidade nas costas da população, uma coisa extremamente cômoda. O lixo provoca alagamentos localizados. Sobre o processo geral de enchentes não tem a mínima influência.”
Recentemente, Alckmin prometeu que em 2019 o estado teria 100% do esgoto tratado. “O Fleury nos prometeu que ia beber um copo d’agua do Tietê antes da virada do século”, lembra o ex-diretor do IPT, referindo-se ao ex-governador peemedebista (1991-1995) Luiz Antônio Fleury Filho.