Existe um ditado que a mentira falada muitas vezes, se passa como verdade. O que mais ouve em relação a Previdência Social, é que se não tiver "reforma" (sacrificar os trabalhadores), futuramente não terá dinheiro para pagar aposentadorias e pensões. Que a Previdência vai quebrar. A verdade é que as despesas que a União tem com aposentadorias e pensões, são iguais as despesas com dívida pública federal (amortizações e pagamento de juros).
A diferença é que além das despesas (valor muito menor), a Previdência arrecada receita com ativos (trabalhadores no mercado). Enquanto com dívida pública federal (quase R$ 3 trilhões) aonde se faz sacrifício só para pagar juros (quase metade do orçamento da União) não gera receita. E é a política de juro exorbitante (maior do mundo) do Banco Central (BC), grande responsável pela recessão do País, aumentando déficit da União, e a dívida pública crescente.
Em 2015 com todos privilégios e exageros no funcionalismo público, o déficit da Previdência foi de R$ 85 bilhões. Enquanto o "déficit" com o pagamento só de juros da dívida pública foi mais de R$ 500 bilhões.
Com esses verdadeiros números, e as suas representações para o País, o melhor discurso seria: Se o Brasil não tiver juro decente, não vai ter dinheiro para pagar pro capital especulativo. Se não tiver juro decente, o País vai quebrar.
A política de juro exorbitante do BC, o efeito contra inflação é o corte de investimentos do Governo Federal em infraestrutura/economia, saúde, educação...provocando recessão, aumentando desemprego. Porque efeito contra inflação no que se imagina (cortar o consumo com juros) não existe. Os juros do consumo, estão bem acima da Selic (cartão de crédito/475%, cheque especial/328%). Financiamentos (carro/casa) representam pouco. E na maioria de redes do varejo, eletrodomésticos são vendidos em 8, 10, 12 vezes...sem juros (carnê).
Inflação se combate com câmbio; aonde se aumenta oferta, com aumento de importados mais baratos, e mercado interno mais atrativo, exportando menos. Mas se o Governo Federal acha que o efeito (corte de investimentos) da política de juro exorbitante do BC, tem sua importância contra inflação, então é melhor ter déficit na Previdência. Pelo menos o corte no orçamento da União, será para pagar trabalhadores aposentados e pensionistas, e menos para bilionários (muitos estrangeiros) do capital especulativo.